domingo, março 19, 2017

Lisboa, cidade fechada - 21ª parte

As constantes queixas contra o sentido de circulação nas várias ruas do bairro do Arco do Cego, em Lisboa, e as numerosas infrações por parte de quem recusa cumprir um ordenamento de tráfego absurdo, teve como consequência uma pausa na finalização das obras nalguns sectores, situação que se arrasta por longos meses.

Para além da não colocação de pilaretes ou da colocação da sinalização definitiva no pavimento, onde permanecem os contornos, a remoção de alguns sinais de sentido proíbido indicia a forte possibilidade de alterações, algumas mais do que necessárias, mas que nunca deviam implicar uma situação provisória que se revela potencialmente perigosa, potenciando a possibilidade de acidentes.

Ao remover sinais de sentido proíbido da extremidade de uma rua com uma única faixa de rodagem, está-se a permitir que esta fique com dois sentidos, sem que os condutores que circulam de acordo com o sentido conhecido tenham conhecimento de que outro veículo pode entrar na direcção oposta, sem que nenhum tipo de sinal obste a que tal aconteça.

Assim, cria-se uma situação absurda, que configura uma autêntica armadilha, com automobilistas a entrar confiadamente, numa via de uma única faixa, que assumem ser de sentido único, e podem, sem aviso, defrontar-se com uma viatura que surge de frente e cujo condutor assume, face ao tipo de via, que também ele circula de acordo com o previsto e, naturalmente, sem que outro veículo surja de frente, em sentido contrário.

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