sábado, março 12, 2016

Botas militares inglesas - 4ª parte

Existem diversas teorias acerca da escolha de meias, mas a nossa opção tem sido usar um par de algodão e outro de lã, no interior, em contacto com o pé, no Inverno e dois pares de algodão no Verão, optando por meias espessas, que podem ser felpudas ou caneladas, de modo a promover uma maior enchimento da bota do que resulta um melhor ajuste.

Quando comparadas com as "Magnum" em cabedal, este modelo militar é mais pesado, menos confortável, aparentemente menos flexível, embora um uso prolongado possa obviar este problema, mas resistem melhor a impactos e são manifestamente estanques, sendo bastante adequadas a serem utilizadas em lama ou misto de terra e zonas húmidas, onde se revelam extremamente eficazes.

Talvez o maior problema que encontramos foi mesmo a rigidez do conjunto, sobretudo das solas, o que, pelo menos numa fase inicial, se revelou como um inconveniente durante a condução, reduzindo a sensibilidade no uso dos pedais, embora a aderência, mesmo nestas condições, evite um sempre perigoso deslizamento.

Os preços variam enormemente, começando em perto de duas dezenas e meia de Euros para um par usado e terminando em mais de uma centena para um conjunto novo, sendo a melhor relação preço qualidade aquelas que foram apenas ligeiramente utilizadas e estão virtualmente novas, as quais podem ser adquiridas por um preço abaixo dos 40 Euros, igualmente incluindo portes a partir de Inglaterra.

sexta-feira, março 11, 2016

DJI apresentou o "Phantom 4" - 1ª parte



A DJI apresentou o "Phantom 4", o último de uma longa linhagem de "drones" que continuam a ser o "standard" do mercado, quando se trata de câmaras áereas e "first point view" ou FPV, correspondendo à capacidade de visualizar em tempo real num écran as imagens capturadas durante o voo.

Todo o "drone" foi redesenhado, com uma estrutura polida, em materiais compósitos, aliando uma grande resistência ao baixo peso e elevada aerodinâmica, com o suporte para a câmara, ou "gimbal", estruturalmente reforçado e oferecendo uma maior estabilidade face aos seus predecessores.

Os motores são mais potentes e foram reposicionados mais acima, afastando as hélices do alcance da câmara, de modo a que não interfiram com as filmagens, aumentando substancialmente a velocidade e a agilidade do "drone", que agora possui um modo "sport", destinado aos operadores mais experientes e que permite transmitir sensações completamente diferentes nas mais diversas situações de voo.

O novo modelo apresenta uma inteligência artificial muito mais evoluída, com a capacidade de se desviar de obstáculos, bastando apontar para um ponto do écran para que o "drone" se dirija para o seu destino, em modo "TapFly", com os quatro sensores na frente e na zona inferior a efectuar detecções por ultra-sons, evitando colisões de forma automática.

quinta-feira, março 10, 2016

Botas militares inglesas - 3ª parte

Os atacadores passam através de um conjunto de 9 olhais, de cada lado, com o do meio a ter um sistema que travam o atacador, e os superiores a facilitar a passagem, de modo a que seja mais simples e rápido todo o processo de calçar e descalçar as botas, tornando a operação extremamente simples.

É hábito de muitos dos que fizeram serviço militar utilizar dois pares de meias, o que condiciona a escolha do número das botas, de modo a que o tamanho corresponda exactamente ao pretendido, e, nestas condições, o calçar e experimentar este modelo militar revela-se uma agradável surpresas, ajustando-se bem ao pé, com os atacadores a prenderem de acordo com as expectativas.

Só uma utilização prolongada e em diversas situações se pode avaliar correctamente estas botas, o que implica tempo, durante o qual estas se vão progressivamente adaptando aos pés do utilizador, mas o caminhar e correr, não obstante o peso, é confortável, sempre com bom apoio e tracção nos diversos pisos, apenas escorregando sobre a típica calçada portuguesa em dias de chuva.

Durante os dias de chuva, mesmo com poças de água, estas botas revelaram-se estanques e confortáveis, protegendo da água, tal como o fazem do frio, sem se tornarem excessivamente quentes quando a temperatura sobe, com uma correcta escolha das meias a complementar adequadamente o forro e isolamento térmico das mesmas.

quarta-feira, março 09, 2016

Land Rover Owners de Abril de 2016 já nas bancas

Já chegou aos locais de venda habituais a edição de Abril de 2016 da Land Rover Owners International, com o destaque a ir para os processos para aumentar a longevidade dos Defender, protegendo-os da ferrugem, melhorando o aspecto e facilitando o seu uso no dia a dia, tornando mais prático e confortável um modelo bastante espartano, de acordo com os parâmetros actuais.

Numa altura em que o termo da produção do Defender ainda tem reflexos, mesmo no mercado de veículos usados, as cerimónias que marcam o encerramento da linha de montagem de Solihull, os artigos sobre este modelo mantêm a primazia, incluindo o seu uso em expedições e todo um conjunto de alterações e melhoramentos que se aconselham aos proprietários deste modelo.

Os Range Rover também merecem destaque, com a descrição de alguns dos protótipos dos P38 e modificações que o convertem num "bobtail", um modelo encurtado, com melhor desempenho fora de estrada, com algumas dicas para o restauro dos "Classic", no sentido de manter a sua originalidade, repondo-o nas condições de origem.

Tal como sempre, são apresentados e brevemente analizados um conjunto de produtos novos, complementados por numerosas páginas de publicidade temática, a que acrescem algumas dezenas de páginas de artigos técnicos, muitas delas orientadas para os Serie, bem como diversas propostas de expedições e viagens, num conjunto de artigos equilibrado, com muitos motivos de interesse.

terça-feira, março 08, 2016

Botas militares inglesas - 2ª parte

Construídas inteiramente em cabedal, forradas em "Gore-tex", um tecido que permite a transpiração, enquanto é impermeável, que reveste uma camada térmica, que mantém a temperatura, toda a zona do calcanhar e do tornozelo é particularmente reforçada protegendo bem toda esta zona.

No topo, em torno do tornozelo, uma zona almofadada aumenta o conforto e a estanquicidade do conjunto, que só sendo submerso deixa entrar água, enquanto permite uma respiração adequada, evitando um acumular excessivo de transpiração ou uma temperatura incómoda no interior.

Na parte dianteira, encontra-se aquilo que em Portugal se designa habitualmente por "biqueira de aço", uma peça interna, entre o cabedal exterior e o forro, que contorna toda a parte superior dianteira da bota e protege os dedos do pé de impactos, permitindo um tipo de acção mais impactante quando em uso militar ou policial.

As solas são em borracha moldada, com um piso destinado, sobretudo a manter uma boa aderência em zonas de terra, demonstram ser extremamente resistentes, suportando pisos abrasivos ou mesmo com produtos químicos, como óleos ou combustíveis.

segunda-feira, março 07, 2016

Socorridos negligentes devem pagar operações de resgate - 4ª parte

Um comportamento negligente durante a condução, sobretudo quando a possibilidade de um acidente for elevada, mesmo que de difícil previsibilidade, já resultou em pesadas penas de prisão efectiva, bastando que para tal exista uma relação de causalidade, mesmo que não exista intenção.

A criminalização deste tipo de atitude, considerando-a como negligência do ponto de vista criminal, tem um vasto conjunto de implicações, podendo, no limite, levar à prisão de quem pratica estes actos caso, mesmo que de forma indirecta, possam resultar vítimas.

Uma outra vertente é a questão dos seguros que, para a prática de algumas actividades em determinados locais, considerados de maior risco, deveriam ser obrigatórios, como condição de acesso, considerando-se imediatamente como uma infração e sem autorização de permanência no espaço quem não cumpra as condições prescritas, dando origem a um processo contraordenacional.

Seja em qual for a situação ou circunstâncias, os comportamentos de risco, mesmo que por negligência, não podem ser tolerados, sobretudo quando ponham em risco a segurança de terceiros, de forma directa ou indirecta, ou quando onerem o Estado com despesas inúteis, suportadas por todos, pelo que uma abordagem diferente deste tipo de atitude, responsabilizando os autores a nível civil e criminal, não só faz todo o sentido, como é moralmente obrigatório.

domingo, março 06, 2016

Pena suspensa para pai de menor que matou em acidente - 1ª parte

Infelizmente temos visto em fóruns e grupos de discussão fotos de proprietários de veículos que permitem a filhos menores, obviamente sem habilitação adequada, conduzir os mesmos, manifestando orgulho e, por vezes, sendo apoiados por outros frequantadores dos mesmos espaços, que garantem adoptar um comportamento semelhante.

Para além de ser crime, púnivel por lei independentemente das consequências deste acto, mas que podem ser substancialmente agravadas em função destas, os resultados podem ser devastadores, sendo numerosos os exemplos em que tal sucedeu, pelo que o que mencionaremos, apenas por ser o mais recente a ser julgado, não é caso único.

Foi condenado, em primeira instância, a dois anos e dez meses de prisão, com pena suspensa, inibição de conduzir por seis meses e a frequentar um curso de segurança rodoviária o pai que permitiu a uma filha, então com doze anos, a conduzir um todo o terreno desde as traseiras da moradia onde habitam até à estrada principal.

Durante o percurso, efectuado com o pai no lugar do pendura, transportando ao colo um outro filho menor, o veículo despistou-se, embatendo no muro de uma moradia na Charneca da Caparica e esmagando a proprietária contra a parede da respectiva residência, provocando a morte desta.